5 de mai. de 2013

PREVIDÊNCIA SOCIAL - continuação


SONEGAÇÃO E CORRUPÇÃO
H
á inúmeras empresas sonegadoras contumazes, como há também vários órgãos públicos, em todos os níveis. Para os poderes públicos, concede-se parcelamento de 240 meses.
Há deficiências, tanto de fiscalização como de cobrança. São cifras astronômicas; entre 2003 e início de 2005, as perdas foram de R$ 90 bilhões, devido a sonegação, elisão e evasão.

REFLEXOS DA ECONOMIA

Q
uando a economia vai mal, a Previdência vai mal. Quando a economia cresce e a massa salarial acompanha, a Previdência é beneficiada. A deterioração das relações de trabalho, iniciada no governo Collor e continuada nos governos seguintes, que não combatem com eficácia a terceirização, a informalidade e a rotatividade da mão-de-obra, agravada pela política econômica que inibe a massa salarmica inibe a massasala propiciam no Collor e mantida nos governos seguintes, que nial, causa sérios prejuízos à Previdência e às políticas sociais em geral.
Em regime de repartição, em que as contribuições dos atuais trabalhadores pagam os benefícios dos aposentados e pensionistas, o desempenho da economia é, sem exagero, vital. No regime de repartição praticado atualmente, nada se poupa nem se aplica para o futuro. Os que contribuíram durante décadas, ficam dependentes do que se arrecada, como se o sistema de previdência social fosse concebido como um fundo, ou regime financeiro de repartição, onde a arrecadação financia as despesas do mesmo período. Não é assim, pois trata-se de um seguro.
O governo, os patrões e a mídia transformaram os aposentados nos “patinhos feios”, causadores de todos os malefícios. É para desviarem a atenção das verdadeiras causas dos déficits reais do Tesouro, como os absurdos pagamentos dos serviços de uma DÍVIDA PÚBLICA monumental, manipulada e que já ultrapassou a UM TRILHÃO E TREZENTOS BILHÕES DE REAIS.



O DÉFICIT

O
mitindo importantes recursos arrecadados, o governo divulga falsos déficits para justificar a amputação de direitos. É a teoria do Consenso de Washington, que FHC e Lula assinaram. Há tempos, martela-se a opinião pública com a falácia do “déficit da Previdência”. Os grandes jornais e as redes de televisão concedem generosos espaços aos políticos e “técnicos” inimigos da Previdência Pública. Chega-se ao absurdo da desfaçatez, como a do jornal “O Globo”, que escancarou a seguinte manchete mentirosa: “DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA NA DÉCADA É DE UM TRI”. A Folha de S.Paulo, o Estadão e muitos outros, praticam a mesma calhordice.
Ultimamente, a maneira de as autoridades governamentais chamarem atenção para o falso déficit, é fingir que propalam boas notícias, como: “Arrecadação da Previdência sobe e reduz o déficit”. O próprio ministro da Previdência assim se reporta, comemorando a “redução do déficit”.
Já foi comprovado que a Previdência é superavitária, conforme vários estudos divulgados pela ANFIP-Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência, nunca contestados. Esses superávits poderiam ser utilizados para constituição de fundos ou para atualizar os proventos das aposentadoriasepensões. Mas são direcionados para compor o “superávit primário”. O livro denominado “O Falso Déficit da Previdência”, editado em agosto/2006, também comprova que há superávits.
Os “fabricantes do déficit”, maldosamente omitem as receitas constitucionais da COFINS, da CSLL, da CPMF, dos Concursos de Prognósticos, de aplicações, de multas, de avulsos etc. Apresentam apenas a receita originada da Folha Salarial, e a comparam com o total de despesas.
Para ressaltar o “déficit”, separam as contas da Previdência das demais atividades da Seguridade Social, afrontando o artigo 195 § 2º da CF que diz: “A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela Saúde, Previdência Social e Assistência Social, tendo em vista as metas e prioridades...”. Ora, se a proposta orçamentária tem que ser integrada, o resultado das contas da Seguridade Social também tem que ser. 
  Enquanto uma pessoa desconhece a realidade, é compreensível que fale nesse déficit; porém, depois de comprovado que é mentira, só um biltre, muito cínico, continua a fazer essa afirmação.


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