CAPÍTULO II
O PODER FORMAL
O governo mundial
invisível exerce o PODER REAL. É,
realmente, O PODER. É quem tem a
capacidade de fazer certas coisas acontecerem no lugar e no momento em que
desejam.
Há, como vimos, o Poder
Formal. São os governos nacionais, os mercados financeiros, os organismos
multilaterais, organizações religiosas, ONGs e as mídias. São os instrumentos visíveis que o Poder Real
ou De Fato utiliza para fazer as coisas acontecerem.
O Poder Formal executa
as políticas econômica, industrial, financeira, comercial, cultural, científica
e militar, elaboradas pelos “Think Tank” do Poder Real, que utiliza os governos
dóceis ou comprometidos e as demais estruturas visíveis. As ações do Poder Formal são tornadas
públicas. Porém, as populações não sabem a origem dessas ações, isto é,
desconhecem que o Poder Real é quem determina até os processos políticos, para
isso utilizando-se de mecanismos já citados, inclusive ações militares, se
necessário.
Infelizmente, temos
visto governos e demais estruturas políticas em diversos países, mesmo quando
galgados através de eleições “democráticas”, interessados apenas em ações que
conduzam a atender interesses grupais ou pessoais, confiando em que “O Poder”
garanta sua estabilidade e a chamada governabilidade. Usufruindo vantagens,
atendem os objetivos e interesses dos intermediários do Poder Real: bancos,
agronegócio, multinacionais. E as criminosas privatizações, maneira mais fácil
e cômoda de se rapinar as riquezas de determinado país ou região.
As estruturas
políticas do Poder Formal, isto é, governos através de presidentes, reis,
primeiros ministros, Parlamento e Judiciário, não detêm o real controle das
instituições públicas; as estruturas econômicas, eminentemente privadas, é que
comandam.
É óbvio que essas
estruturas, as empresas, são comandadas pelos donos, os Acionistas. Estes,
quase sempre anônimos, delegam a gestão a Diretores que procuram o máximo de
lucro para os patrões, administrando eficiente e apropriadamente em consonância
com os interesses dos acionistas. Apoiando-se em dedicados Gerentes, são
responsáveis por assegurar o crescimento da empresa, objetivando o máximo dos
rendimentos presentes e futuros, com um mínimo de despesa, priorizando o
interesse privado dos acionistas em detrimento do interesse social.
As grandes corporações,
principalmente as do setor financeiro, todas privadas, estão a serviço do
governo mundial, que as controla. Agem a serviço da globalização. O poder
privado procura controlar o público através de vários mecanismos, seja pela
corrupção, seja pelas “democráticas” eleições que manipulam através do
dinheiro, desde o fornecimento de recursos financeiros para as campanhas
eleitorais e/ou o exercício do governo.
O poder público, o
governo, exceto dos cinco países citados no Capítulo I, não tem acesso às
instâncias e mecanismos do PODER REAL de nível médio para cima, tendo contato
apenas com o nível baixo, os Gerentes. Não tem nenhum controle ou influência
sobre as grandes decisões.
No nível médio das instituições
intermediárias do Poder Real, temos os Diretores das empresas, que têm poder de
decisão para implantar as medidas ditadas pelos Acionistas. Esses dois níveis,
o médio e o superior, comandam as grandes corporações multinacionais,
instituições financeiras transnacionais, monopólios midiáticos.
O Poder Real utiliza as
corporações privadas para direcionar e controlar as Autoridades: Governos,
Justiça, Forças de Segurança, entidades de controle e supervisão. Envolvem
chefes de executivos, congressistas e juízes. Aplicam muito dinheiro
financiando políticos governistas e oposicionistas, todos pesquisados,
estudados e cuidadosamente selecionados, seja do parlamento ou do executivo.
Presidentes e primeiros- ministros tornam-se meros executores de decisões ou
programas que os Diretores e os Gerentes, ou organismos multilaterais,
apresentam às instâncias governamentais.
Os Gerentes das grandes corporações são pesquisados,
submetidos a testes, rigorosamente controlados, rastreados pelos Diretores e
Acionistas (O olho que tudo vê). Não podem ter conhecimento amplo, geral, mas
apenas de determinadas áreas. Conhecem a árvore, mas não podem conhecer a
floresta, o que é reservado aos do nível médio para cima. Mas são os agentes
que se comunicam com as Autoridades e outros atores ou organizações.
Quando não controlam totalmente as “regras da democracia”, influem
poderosamente. Destinam polpudas verbas para financiamento de campanhas
políticas. Com dinheiro, mídia e marketing, promovem ou enfraquecem partidos
políticos e candidatos em intensas e massivas campanhas de curta duração que
ocupam todos os espaços de propaganda e divulgação, fingindo uma isenção e um
equilíbrio que induzem o eleitorado a ter a falsa impressão de que elegerão o
candidato que escolheram com independência.
E a população acredita que está em um processo verdadeiramente
democrático.
Falam muito
em democracia, pregam sua universalização, desde que não seja democratização do
Sistema Financeiro, da Economia e da Mídia. O poderoso Senhor Dinheiro viaja em
céu de brigadeiro por quase todo o planeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário