PETROLEO
A Lei 9478/1997 pôs fim ao monopólio
estatal do petróleo, criou o Conselho Nacional de Política Energética-CNPE,
presidido pelo ministro de Minas e Energia, e a ANP-Agencia Nacional de
Peroleo, autarquia implantada em 1998
pelo Decreto 2455. A ANP concede à sua Diretoria ( Diretor Geral + 4 Diretores,
nomeados pelo Presidente da República), autonomia e imensos poderes, inclusive
o de elaborar a política nacional de petróleo e gás. O item IV do Decreto
atribui à Agencia a ”Regulação Pautada na
livre concorrência, na praticidade....”. Em suma: pode distribuir
concessões para exploração de bacias sedimentares inclusive a empresas
estrangeiras, como tem feito. Igual ao Banco Central, suas portarias têm força
de lei. Antes, havia o Conselho Nacional do Petróleio-CNP, criado em 1938, no
qual faziam parte os três ministros militares mais o ministro da Fazenda e o do
Trabalho. Ao contrário da ANP, estatizou
imediatamente todas as operações em curso e só permitiu a iniciativa privada em
refinarias. Criada a Petrobras, passou para a empresa todas as informações que
detinha. Por sua vez, a Petrobras repassou todas as informações para a ANP.
Sessenta por cento (60%) das ações da Petrobras foram privatizadas.
A AEPET-Associação dos Engenheiros
da Petrobras, e outros organismos, têm comprovado, através de competentes
trabalhos, a atuação lesiva aos interesses nacionais dessa Agência. Lula
prometera restabelecer os princípios da Lei 2004 que criou o monopólio estatal.
Todavia, limitou-se à Lei Nº 12.351/2010 que não mudou o marco regulatório para
os campos abertos (regime de concessão), instituindo o regime de partilha
apenas para o Pré Sal. Contrariando todos os segmentos nacionalistas, Lula
vetou o artigo 64 dessa Lei, que era uma emenda apresentada pelo Senador Pedro
Simon, que não permitia a devolução em petróleo dos royalties pagos em dinheiro
pelo vencedor de uma licitação que produza petróleo. Na prática, é isenção de
imposto. A emenda teve inspiração da
AEPET e de todos os seguimentos nacionalistas. O Wikleaks, ratificando a AEPET,
comprovou que o veto foi por pressão do governo americano e do cartel
internacional do petróleo. Assim, concede-se isenção de impostos (devolução dos
royalties) cujo montante até 2020 é estimado em US$ 30 bilhões. As alterações
do marco regulatório para o pré-sal, através dessa Lei, só foram divulgadas
após uma visita de Lula, acompanhado da Ministra de Minas e Energia, ao
presidente Barack Obama.
Já foram privatizados, tirando da Petrobras,
41,7 mil km² da reserva do pré-sal, ou seja, 28% de toda a província. Para
conhecer melhor, deve-se acessar o “site” da AEPET e os trabalhos do geólogo
João Victor Campos e do engenheiro Fernando Siqueira. Lula criticava com veemência os leilões de
bacias sedimentares, mas realizou vários, suspendendo quando da descoberta do
pré-sal. Mas o governo Dilma já anunciou que serão retomados a partir de abril.
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