CAPÍTULO III
OS GOVERNOS LULA E
O PSEUDOGOLPE
No desenvolvimento deste tópico,
tentarei evitar conceituação, opinião ou análise. Pretendo ater-me a fatos
indesmentíveis. Não adentrarei em casos de corrupção, inerente a modelos concentradores
e indissociáveis do capitalismo. Mas também não vou apresentar um texto
trincado; nem hipócrita isenção.
Lutei muito contra as
privatizações tucanas, inclusive tendo que superar a desfaçatez de inúmeros
cutistas que nada faziam, principalmente nas privatizações do Estado do Rio de
Janeiro, no governo Marcello Alencar, como no caso BANERJ. Mas, cinicamente,
apresentavam discurso contrário à privataria. Tenho farta documentação.
Entretanto, essa é uma
etapa das privatizações em que os atores já são bastante conhecidos e
desmoralizados. O livro “A
Privataria Tucana” desnua, mais uma vez, as grandes negociatas por detrás
daquelas privatizações. É um triste episódio de nossa História que, por ser do
domínio público, dispensa comentários neste texto. Vou direto à etapa seguinte.
Em 1987, participei de um debate
realizado no luxuoso hotel Sofitel, em Copacabana, promovido pela Câmara
Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos. Lula foi o outro sindicalista
convidado. Diante da “seleta” plateia, composta por empresários e banqueiros,
houve o mais significativo silêncio quanto às minhas falações. Lula conquistou
aplausos.
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